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Burocracia: uma indústria de futuro?

A máquina burocrática da função pública tem um dos papéis sociais mais fascinantes e inovadores do Portugal moderno: que é o de continuamente encontrar novas maneiras de convencer as pessoas da utilidade de procedimentos inteiramente inúteis e redundantes.

Ao mérito da máquina acresce-se o facto de o conseguir fazer através de novos e revolucionários métodos de terror e de tortura, continuamente alcançando novos picos na arte de fazer a mente humana em papa.

Pessoalmente acredito que, numa altura em que a UE lança o desafio de se transformar a Europa no centro da formação universitária mundial, Portugal poderia facilmente atingir um papel de proa neste nobre sentido. Isto seria alcançado através da criação de cursos para formação de carrascos, torturadores, polícias políticos, terroristas internacionais, alimárias e até funcionários de repartição. Os cursos seriam dados em regime de licenciatura, mestrado ou doutoramento e seriam orientados por profissionais veteranos saídos das principais repartições de finanças, secretarias escolares, e centros de saúde. As leituras obrigatórias do curso seriam a Maria, a Caras, e o guia ilustrado "Provocar psicoses graves nos outros: descubra como em 10 passos!"