segunda-feira, março 29, 2004

Nota...

É com extrema satisfação minha que vejo que fui "plagiada", ou pelo menos que o meu amigo Tiago ( o Sr. Certeza da Dúvida ) decidiu adiantar-se à minha pessoa, ao colocar no seu blog o link para o site da Crítica ( revista de filosofia e ensino ). De facto, mesmo antes da criação concreta deste blog, já tinha por várias vezes pensado em indicar este site num possível futuro blog (que se veio a tornar este cantinho...). Por isso mesmo aconselho vivamente o espaço da Crítica não só para os minimamente interessados em filosofia, mas também para todas as pessoas em geral, com os mais diversos tipos de interesses. Até porque com o leque disponível de temáticas que o espaço aborda, é natural que qualquer pessoa consiga encontrar sempre alguma coisa que lhe agrade.
Devido a problemas técnicos (mais precisamente à minha ignorância informática, que neste caso se prende com o meu desconhecimento em como adicionar links ao blog...vá lá...gozem lá um bocadinho!) ...vou ter que esperar que o Rui introduza então o link, já que ele é que é está encarregue dessas partes mais técnicas... De qualquer das formas, enquanto isso não acontece, aconselho a visita ao blog do Tiago (A Certeza da Dúvida) onde podem aceder ao link. E já agora, também podem aproveitar e dar uma vista de olhos ao blog em questão, que apesar de lá conter determinadas opiniões com as quais discordo, vale a pena parar para ler e para reflectir um pouco. (Eu acho que te vou cobrar pela publicidade ao teu blog...!)

domingo, março 28, 2004

Eu...

...sou, claro está, a 'outra metade' deste blog.. À hora a que escrevo este post estou a cair de sono (algures entre a fase do babar-me para o teclado e a do arrastar-me miseravelmente, com a elegância de um pinguim raquítico, para o vale dos lençóis); por isso, em termos de apresentações, fiquemo-nos pelo básico, isto é, chamo-me Rui e não sou um mau tipo.

Linda..

Dá-me mais um olhar, dos olhos de Ternura
E faz-me ser, completo
na alquimia da tua pele
na doce Música da tua voz,
Adoro-te..

O meu primeiro post...

Há pessoas que dão significado a toda uma existência..
A menina que escreveu os últimos posts é uma pessoa assim -- a melhor.

sábado, março 27, 2004

A Selva

Olho à minha volta, e vejo um jogo de xadrez viciado logo à partida. Obviamente os peões ocupam a linha da frente...vejo-me no meio de podridão e destroços humanos...vejo-me no meio de uma selva, onde o Darwinismo faz mais sentido do que nunca...e penso...será que a evolução humana foi assim tão grande? Será que mudámos tanto desde o paleolítico? Não será que os mecanismos continuam a ser os mesmos? A sobrevivência...a prevalência do mais bem adaptado...a competetividade pelo alimento...a selecção natural...
Será isto possivel de se ultrapassar? Será que as nossas mentes conseguem contornar os atributos herdados através dos nossos genes? Será que tem de continuar a ser assim? E bastante mais importante...até que ponto isso é ou não prejudicial?
Muitas pessoas, explícita ou implícitamente aceitam este facto. O facto de existirem sempre aqueles que ficarão para trás. Que ficarão aquém da velocidade supersónica a que mundo se move. Que ficarão aquém das constantes evoluções que delineam a realidade. Que ficarão aquém desse mundo "civilizado" e gradualmente mais homogéneo em que vivemos. E ao chegar a noite, ao deitarem-se nas suas camas para descansar, dormem profundamente sem o mínimo de perturbação ou exaltamento. "É a vida...!" - dizem... "É assim que as coisas funcionam...não és tu ou eu que vamos mudar o mundo!" - são essas as suas justificações.
Terá que ser mesmo assim?!
Acho sinceramente que não... E como? Onde está a solução?
A meu ver...temos pouco mais que duas soluções...a primeira delas, absolutamente drástica...e passo a citar: "...talvez ainda não sejamos seres humanos. Se não acreditarmos que isso pode vir a acontecer um dia, pois então que venha o holocausto nuclear ou bacteriológico e que se acabe com esta merda que se chama mundo." (José Saramago) . A segunda, bem mais utópica e agradável passa pela presitência e pelo sonho. Porque "...sempre que um homem / sonha / o mundo pula e avança / como bola colorida / nas mãos de uma criança." (António Gedeão) . Correndo o risco de parecer idealista, resta-nos então acreditar num sonho...e acreditar que talvez um dia, possamos vir a merecer sermos intitulados como verdadeiros seres humanos.
Apesar de olhar à volta para esta selva e sistematicamente não gostar daquilo que vejo, quero continuar a acreditar que mudar (nem que seja um pouquinho) o mundo, ainda possa ser possível.

quarta-feira, março 24, 2004

The American Dream...

Um país, uma cidade, um bairro, uma casa... Uma casa acompanhada de um verdissímo relvado na sua frente, ao lado de outras casas dispostas em fila "indiana". Paralelamente, outras casas dispostas precisamente do mesmo modo fazem frente às anteriores, apenas separadas por uma estrada. Uma bandeira americana ondulando majestosamente ao sabor de um ar abafado. Um hino de glórias proclamado no auge de um ego. Os arranha-céus...os carros...as pessoas...as multidões...uma epidemia de seres humanos, de todas as raças, falando todas as línguas...a solidão. O som ensurdecedor...a fast-food do próximo quarteirão...a vertigem...a agonia. A publicidade...a publicidade...o condicionamento clássico...o condicionamento operante. O novo carro...a nova casa...o novo frigorífico...máquina de lavar louça...leitor de cd's...computador...internet...a grande tv a cores...a aparelhagem...a vida nova...a felicidade...o consumo. A tecnologia...o Ku Klux Klan...os ovos com bacon ao pequeno-almoço...a CIA...o FBI. Uma potência...dinheiro...consumo...dinheiro...vender...ser vendido...vender-se. As campanhas políticas que mais se parecem com spots publicitários...a imagem...as aparências...a imagem é tudo. O silicone...os atentados nas escolas...as seitas assassinas...a arrogância...a prepotência. A superioridade de uma alucinação em forma de ideal. O condicionamento...a condenação dos que seguem correntes alternativas...o jogo de interesses...a política do "mastiga e deita fora"...o oportunismo político...as egoístas e medíocres políticas internacionais...o apoio implícito a ditadores sanguinários...as grandes negociatas...apenas os próprios interesses...a qualquer custo. O retrato da bela e do monstro prostrados no mesmo quadro. A falsa democracia...a manipulação mascarada de liberdade...

The land of the free...



"It isn't the oceans which cut us off from the rest of the world-it's the American way of looking at things" Henry Miller

domingo, março 21, 2004

A outra metade...

Penso que terei sido algo narcisista nesta minha iniciação no mundo dos pensadores livres (blogs). Isto porque quem possivelmente ler o meu anterior post, irá pressupor quase de certeza, que este é um espaço de um só criador. Pois bem...na realidade, não é bem assim. Na verdade este espaço de devaneios não pertencem a uma só mente, mas sim a duas...
Quem é o segundo elemento...?...talvez isto ajude:


A brisa da harmonia?

Tropecei na minha caminhada
Deliberadamente solitária,
Lutando resignadamente
Por uma alma de eremita.
Engoli em seco
A dispersão que tinha planeado
Para o resto dos meus dias.
E na derradeira altura em
Que me preparava para
Retirar as amarras e
Soltar meu barco à deriva,
Surges tu...
No meio do fumo,
Como uma terra prometida
Que se deixa descobrir
Quando dela não se está à procura
Como a mão estendida
Que não te deixa ir ao fundo.
A promessa talvez
Da estabilidade secretamente
Ansiada...




sábado, março 20, 2004

Como poderei sequer começar...é o dilema das primeiras vezes...a torrente de ideias que me vagueiam pela mente são demasiadas e encontram-se demasiadamente difusas para sequer conseguir dizer algo que faça realmente sentido. E para uma primeira vez, apenas me irei limitar a inagurar este espaço...o refúgio dos meus devaneios...
Apenas posso dizer um simples "Bem-vindo" aos possíveis futuros espectadores desta visita guiada a alguns dos meandros da minha mente.
Mas mais do que um simples strip-tease psicológico em forma de um diário de folhas soltas, quero sobretudo dar asas à vida e à voz com que fui dotada, ou talvez condenada...o tempo um dia o dirá...