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Direcções

Acreditar. Ou não.
Já tinha construído várias asas para alcançar o sol, e todas quebravam, derretiam, eclipsavam-se, a meio da viagem. De todas as vezes, caíra de volta no solo estéril. E agora questionava-se. Para quê tentar ser como os anjos, quando se é apenas terreno? Que atenção lhe dedicariam eles? Nenhum viria ter com ele. Porque haveria ele de sequer conceber ir ter com eles, então? De magoar-se repetidamente com isso? Teria de deixar de acreditar. Carregou o cepticismo aos ombros e começou a andar, sempre preso ao solo seco e árido. Isolado na sua insolação, na sua íntima dose de loucura. Ninguém o chamaria de volta. Teria de resignar-se a continuar aquele caminho solitário, a cada passo tentando forçar-se a não olhar para trás.

E ao aceitar que algo pode ter ficado para trás, entender que nada se perdeu realmente... um espírito mais integrado aberto ao desabrochar de cada novo dia...

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