'Esplendor na relva', by Marlene Debyane, n'A Tasca da Cultura
Daqueles textos que fazem a leitura de blogs valer a pena:
'A forma como as pessoas interpretam as mulheres é reveladora em todos os sentidos da profunda hipocrisia.
A mulher dominadora, que age como um homem na procura do que quer para si, é tida como uma "cabra", mesmo que tudo se baseie em meros boatos. Conheci alguns casos assim. A mulher chega com uma minisaia provocante, e logo surgem os cochichos: "cabra". A mulher troca de amante como quem troca de camisa e logo se setencia: "essa? É uma cabra. " E pelo meio dos instigadores estão homens que já dormiram com elas.
Basta a mulher ser orgulhosa para logo suscitar o rótulo de "cabra". Como é que eu sei? Ahhh... porque cresci num meio pequeno, muito pequeno, e aí vivi na pele o facto de dar aos homens aquilo que eles queriam, enquanto que as namoradas deles se faziam dificeis (e depois os encornavam ou alguns anos mais tarde davam em lascivas). E também porque depois me apercebi que o meio pequeno existe em todo lado. Pensava, honestamente, que em certos meios encontraria gente mais liberal mas é tudo fachada. Católicos, não católicos, aldeia, cidade, são todos hipócritas porque a insegurança é transversal a todos. E quem emite este tipo de juízos? (...)'
(o texto continua, cliquem aqui)
'A forma como as pessoas interpretam as mulheres é reveladora em todos os sentidos da profunda hipocrisia.
A mulher dominadora, que age como um homem na procura do que quer para si, é tida como uma "cabra", mesmo que tudo se baseie em meros boatos. Conheci alguns casos assim. A mulher chega com uma minisaia provocante, e logo surgem os cochichos: "cabra". A mulher troca de amante como quem troca de camisa e logo se setencia: "essa? É uma cabra. " E pelo meio dos instigadores estão homens que já dormiram com elas.
Basta a mulher ser orgulhosa para logo suscitar o rótulo de "cabra". Como é que eu sei? Ahhh... porque cresci num meio pequeno, muito pequeno, e aí vivi na pele o facto de dar aos homens aquilo que eles queriam, enquanto que as namoradas deles se faziam dificeis (e depois os encornavam ou alguns anos mais tarde davam em lascivas). E também porque depois me apercebi que o meio pequeno existe em todo lado. Pensava, honestamente, que em certos meios encontraria gente mais liberal mas é tudo fachada. Católicos, não católicos, aldeia, cidade, são todos hipócritas porque a insegurança é transversal a todos. E quem emite este tipo de juízos? (...)'
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